terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Esquivo


Sempre te olhando
Nos vitrais dessa vida
E sorrindo no caminho da lembrança
Faz-me acontecer
Permaneço tão lúcido quanto o silêncio
E tão impuro quanto um travesseiro pós noites de pesadelo
Séculos caminhando
Ainda lembro
Na carência dos teus olhos permaneço
É como não ter um relógio
Porém ouvir o 'tic-tac', naquele mesmo compasso
O tempo suspirando
Eterno apaixonado da morte.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sorriso Vertical


Venha,
Na maldade irresistível de ser mulher
Enrole seus cabelos no meu
Misture-se, abra um parênteses
Nestes lábios, e assim
Um sorriso para mim estuprar

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

E lá no fundo, ouço ,
A musica dos ventos
De maneira suave ,
Me chamando para o bailar dos sonhos.

sábado, 13 de novembro de 2010


O tempo em nós
Doce umbral
A gente merece mais um do outro
Me veja,,, nos olhos da via láctea, e vamos nos encontrar
Porque somos luz, guardiões da vida ,
Mergulhadores deste oceano mental
Convivendo incosciente com o todo.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sem medo


Foi na noite em que eles sentiram
O momento de provar um ao outro
A confiança existente
Em punho ambos, cada um com sua adaga
Ela deixa e também faz
Ele em sincronia, crava a lâmina em seu ombro
Assim mesmo, para não matar
Apenas trocarem
Facadas de amor.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vachu


Foi quando o ser humano notou
Que de todo o lixo que produzira
A terra não mais absorvera
Foram criados vários foguetes
Em direção ao sol
Para assim dar fim ao entulho
E assim foram lançados
Para os confins do universo
Mas o processo não funcionou
A galáxia rejeitou
E foi assim que choveu lixo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Que horas são no sol ?
Como farei para encontrar o brilho no seu olhar?
Pequeno planeta íris
Atmosfera esvanecente
Efeito teimosia
Que mastiga os meus nervos
O passado tosse
E escarra em minha boca
Às necessidades do presente.

Girofléx


Ele vestia a farda, e camuflara seus feitos naquele tecido
Depois de seu expediente, era hora de praticar o inconsciente
Na calada da noite, um açoite
Fumaça pelas bocas de lobo
A nuca trepidando no asfalto
Mãos a puxando pela canela
Lá se foi mais uma
Vítima do psicopata
Policial que comia cadáveres femininos.

terça-feira, 20 de julho de 2010


"Sinto-me estranhamente solitario e feliz como um anão de jardim"


Psy Taty

terça-feira, 4 de maio de 2010

Definhar-se


Era o sonido crepitante
das gotas de fogo
fervilhando no encontro das águas
lágrimas derretendo a alma
brasa de um coração em chamas
consumindo o peito frágil
do pequeno gafanhoto

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Lady quintal


Ela era madame de quintal
Cafezinho de terra
Panquecas de couve com sal
Pequena mocinha ao ar livre
As cortinas da sala
As roupas do varal
Macarronada de minhocas
Lindas tortas de folha de limão
O amanhã chegou
Olhando seu jogo de chá
Em um canto no chão
Ela recorda sua infãncia
Amanhece e vive
Na visão da discrepância.

ZzzZzz


Sou o escuro do silêncio
A metrópole mal acabada
Em noite amarga
Apenas o grunhido do doce
Que insiste em discernir
Sou a face feia da efêmera beleza
E o efeito nocivo do meu calmante
Cláct!!!

As vezes você me destrói
Pra me consertar em pedaços
É aí que você sonha pesado
Tormento e flagelo
Toca na morte gélida
Ceifando minha alma
Me fazendo um zumbí feliz.

Solução Aquosa




Flor sentinela
Lado macio da petrificação
Cores de aquarela
Refúgio de meus anseios
Meu éter lúcido
Calabouço fragmentado de nossos limites
Quis lhe ajudar e acabei te matando.

Prisma


Calei os sinos de vento
E o prisma cravei no peito
Não quero água
Quero sentir a sede!

quinta-feira, 29 de abril de 2010


Ao acordar pela manhã,
logo percebi algo de errado
aquelas malditas bolinhas de cobertor afugentadas,
afogando meu umbigo
pestanejei e por alguns instantes
acreditei estar com um umbigo de pelúcia.