quinta-feira, 10 de setembro de 2009


Da feia fumaça que sobe
apagando as estrelas de sua cortina
Do balançar da colher, no gargalo da coca cola
ao estremecer no descanço do motor da geladeira
No silêncio do relogio de frutas por nunca bater em harmonia
E o liquidificador furioso com aquilo tudo
moendo gelo e halls... Eu permaneço na presença da ausência,
estabilizada feito a acrobacia do golfinho nos azulejos.

Fuji pela janela.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Lesmian


Me deixa
Na madeixa rubí
Que alcança sua face
Não sou pulga adestrada
Nem mola maluca quebrada
Sou ruga!

terça-feira, 21 de julho de 2009

e espero...


Desapega- se, desespera-se

E quando abre as mãos para soltar

Vê que não tem nada entre elas...

E porque ao cair essa necessidade de escrever?

Como se isso salvasse alguém

Como se isso SALVASSE você!


Te deixo

Me deixo

Se quer

Eu finjo

E quero

Me deito e espero


Postado por Psy Taty





quinta-feira, 9 de julho de 2009

Se chorei ou se sorri, o importante é que emoçoes eu vivi!



jogatina
vc é a aura da sorte
a atmosfera que envolve segundos antes
intuitiva escolha de lançar os dados.
joga os dados
um azul outro vermelho
bate no verde macio da mesa
pula, dança e te engana
vc esqueceu de beijar a sorte antes...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009





Te vesti de menta
pra refrescar o sabor
circulei as suas pegadas
em areia de jardim zen
e agora o q me resta
a sua lembrança macia
quando mordo o cacau do chocolate
e a doçura do céu
q minha lingua degusta
chuva.

sexta-feira, 3 de abril de 2009


ALguma coisa acontece no meu coração
sempre de manhã cedinho
vem-me vc na memória
mulher retórica
me envolve com o tom da sua voz
e embala meus pensamentos em um ritmo leve e próprio
deve ser como ópio,
estranha hipnose,
uma garrafa com rótulo "love"
será amor ou somente uma dose?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

tã nã tã nã nã nã


Sal do mar pequena horta marinha

na boca os anzóis pequenos pedaços de linha

tartaruga ferida, feito nota de 2 reais

o velho naufrágio é decorado por corais

arraias-arcanjos voando dentro d'agua
vivas, águas-vivas expulsando o fígado transparente
pele ardente , veneno azul, descança dormente
entre a sujeira do oceano, e a escuridão silenciosa ele surge,
riscando as águas, levantando a areia
atropelando âncoras, mutilando as focas
o tiranossauro dos mares, assassino sanguinolento
dentes de moto-serra, olhos de diabo
tubarão branco ,furioso por mais um dia de tormento

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Diário de uma desvairada

Conversei com Deus, pedi uns esclarecimentos atemporais, estou procurando o motivo da minha insatisfação, faz algum tempo, e aos poucos fica mais claro, como quando se abre os olhos e está tão claro que não se vê nada mas aos poucos, bem devagar você consegue ver...
Nessa constante confusão e propulsão de sentimentos contraditórios, não sei o que é real, mas hoje sei que isso não importa, ser real não garante sorrisos, ser irreal não garante não se machucar, nada importa a não ser o sentimento aquele não sentir-se tão “pozinho”, é querer dividir as coisas boas e triste, é deitar olhar para o teto e lembrar...
Nessa saudades doída dos dias que “minha carne está triste” lembrei do que me fez parar de fugir: você ouviu minhas músicas, dançou comigo, era inteligente e gentil, me fez ver que eu queria ser “carinhosamente tratada” que por mais que vestisse as máscaras de “desapego” eu queria amar de novo, só não acreditasse, e aos poucos acreditei, porque era um tanto quanto impossível e achei seguro me envolver com alguém “impossível” assim quando precisasse fugir era fácil...gostei da sua insensatez de vir pra Curitiba, de como valorizava os amigos, não era ciumento e que doce surpresa as perversões, e que lindo foi descobrir prazeres que eu nem imaginava ter...
Mas me perdi, tive problemas e só queria um ombro alguém de verdade, pedi demais, vc ficou com medo, se afastou, e eu mais uma vez descobri que tinha que ser forte e estava sozinha, desculpe te pedir, eu sei que não é assim que sou e também não gostei, mas também não sou desapegada, nem vulgar, sou mais feliz apesar de me sentir mais pó do que nunca, e porque escrevo? Há mais uma tentativa de dividir, mais uma tentativa de te mostrar minha alma, sei que é intenso e que essa intensidade te cansa, mas foda-se não quero te agradar, quero que veja as nuances e me acalme, quero que me mostre o negro e a luz, quero que seja fogo e arda igual a um tapa, quero que seja pulsação quero que seja meu amor eterno até amanhã...


Postado por Psy Taty

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Tibilqui


Tempestade solar

agora secam-se as nuvens

como algodão retorcendo ao fogo

desviate das gotas menina crepitante

mergulhate segura

no mar de lágrimas que tanto cultivaste

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Escolha o que vou beber meu bem...

Tiro com catéter
Poderia ser tinta e pena
Mas são teclas
Poderia ser no ócio
Mas é entre ofícios
Ainda há algo intocado
Que posso fazer se a s sombras me atraem mais?
Poderia ser luz
Mas em tempos de paz o tempo é escasso
Poderia ser um rock
Mas que tal um tango?

O amor é diretamente proporcional ao ódio que sinto
Quero que sofra...igual?
Não! eu quero o dobro ou nada!
Aprendi a jogar...ou fingi não saber, desculpe meu bem
Quero que seja bem “devagarinho’
Mas quero que seja por minhas mãos, não me basta que sofra
Quero ser o carrasco!
Quero beijar seu rosto depois de corta-lo
E aceito minha condição
Lambo os lábios
Agridoce, pelo menos isso...
Não me choco e não quero seu perdão

E enquanto espero, certo que o destino me ajuda
Tomo meu absinto, ou um vinho?
E me acalmo ao imaginar, será uma previsão?


Postado por Psy Taty

Metal

Voltei a escrever, a exorcisar meus demônios
Eu sei é certo que eles me dão um ar mais misterioso
A tristeza deixa um gosto de metal que agrada
Afelicidade exige muita energia e eu me canso facilmente
E a tristeza me faz escrever
Nessas linhas que ninguém vai ver, me deleito
Posso ser eu posso ser tantas
Posso sentir tudo
Posso não sentir nada
Deixo escorrer, deixo ir...
Quero que vá
Quero te deixar
Afinal nunca estive tão perto de ser...
Quando aprender, quando a tranformação se eternizar
Passo aqui pra evaporar


Postado por Psy Taty

Pra não te dizer, escrevi e me libertei...

...então pra variar estou aqui de novo tentando suprir uma necessidade sem nome, preencher algo que existe só dentro de mim, é uma necessidade cansativa que por vezes pensei que fosse um defeito meu...nessa busca constante do meu Eu, de quem sou, descobri que me perco , que não existe erro, apenas confusão...minha lógico sendo que quem escreve sou eu...
Sabe não sei o que sinto ao certo, sei que existe alguém em minha mente, alguém que quando estou triste quero colo, alguém que quando estou feliz quero perto pra dividir, alguém em que eu vejo a arte, que eu vejo mil defeitos que eu vejo qualidades e tudo é irrelevante, porém não sei se quem eu vejo existe ou é apenas imaginação, afinal quem junta os vitrais sou eu...sabe gosto de gostar desse alguém, mas o que ele tem pra me dar? Amor altruísta, melhor direcionar pra quem precisa mesmo, quero um amor maior que eu, e descobri que mereço alguém que sinta falta de mim, que queira ficar comigo e só comigo até quando simplesmente não quiser mais, mas pelo menos foi real...e porque escrevo? Não sei, pelo mesmo motivo que gosto de dividir minhas alegrias, pelo mesmo motivo que tenho vontade de ver, de abraçar e matar meu desejo...Com ele aprendi que consigo amar de novo, que existem pessoas interessantes, que o desejo pode ser surreal e que as músicas podem trazer as borboletas no estômago, além da insanidade, do ciúmes que queima e dos beijos que não tem sentido se não for dele...tudo pode ser mais simples e abstrato, podem ter cores e ser lógico, descobri que as pessoas se completam e se distraem e nada se perde, tudo se transforma...sei que o que dilacera agora amanhã não será nada além de uma cicatriz e o que aprendi me fará sorrir...agora não, agora me deixa sofrer um pouco, carregar minha dor...


Postado por Psy Taty

Sou teu espelho...

Se entregas,
aos prazeres da carne, procura a alma em lugar errado
Se divertes,
nas artérias várias, nos pulsos autônomos...
nada de sacia, não podes se satisfazer
Tens sede, tens fome
Nada podes te conter
sua busca é irrisória...
Rasgas,
Dilaceras,
Transpassa
Almas, corações, carnes, pele e órgãos
Ris satisfeito com efeito,
Deita-se e mergulha no prazer
Largas sua presa, acarecia a face da vítima,
Não sabes que o sangue que escorres é seu
Que a alma que range e os gritos que escutas não és meu
Te mostro, mas não podes ver
Sou seu espelho, estou quebrado,
Mas o sangue em suas mãos é seu
Os anos passarão e um dia você vai ver que as lágrimas
São suas, que a dor não foi por mim
Que a dor foi por te ver assim..


Postado por Psy Taty

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Diner


Pensas que te esqueço
nos meus devaneios que vão
ao seu encontro à seu endereço,
brinco de mar,
pra ondular as lembranças
nas embarcações de emoções
que também balançam
navego sem barco,
mergulho e também pulo
rumo a netuno,
sem espaço eu o também faço,
te vejo de longe, além do globo nas constelações que peguei hoje
tão livre quanto o universo ,
eu me atiro e pra vc eu também peço
vem comigo, rabiscando o infinito
no meio do nada no meio de tudo,
no desabafo de um grito